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25/01/08

A Censura em Portugal e a Memória de um Homem: A Razão de Ser do Estado da Cultura em Portugal (III)

Deixai-me em primeiro lugar dizer: viva a liberdade!


Mário Silva, por Eduardo Gageiro


Sempre existiu censura em Portugal. Como todos devem saber. Durante o Estado Novo, de forma aberta e bem conhecida. Depois do 25 de Abril de forma escondida e encapotada. O que coloco neste "post", à vossa consideração, é o meu testemunho pessoal sobre isso mesmo: a censura em Portugal no pós-25 de Abril. O texto é longo, eu sei, mas vale a pena conhecer.

No início dos anos 90, quando nos discursos dos políticos apareceram novamente os sloganes do Deus, Pátria e Família, que foram secundados por debates televisivos, nomeadamente na SIC, onde víamos defender, pelos seus responsáveis, energicamente, o regime fascista, houve, naquela altura, uma tentativa descarada de branquear a nossa História. Tentativa que surtiu efeito, pois até historiadores ligados aos partidos de esquerda parecem ter sido fortemente influenciados. Uma boa razão para não nos calarmos! Se também eles!!!... Esta onda acabou por se reflectir na edição dos jornais portugueses quando, no dia 6 de Agosto de 1995, celebraram nas suas edições, com várias páginas, o cinquentenário do lançamento das bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki. Para mim, o que li, foi a gota de água num copo que há muito vinha enchendo e nesse dia transbordou. Senti um vazio profundo.


Aí começou a minha luta contra o esquecimento a que tentaram votar o Professor de Física Mário Augusto da Silva. E, pior, as suas obras. Naquele dia, o jornal Público, por exemplo, publicou diversas páginas sobre o acontecimento, quer do ponto de vista nacional, quer internacional. E nem uma palavra sobre um dos Físicos portugueses mais importantes naquele tempo? Nem uma? Que inclusivamente explicou o funcionamento das bombas, logo após o seu lançamento, em diversos jornais da época, incluindo jornais de grande tiragem na altura, como o Primeiro de Janeiro ou O Século? Como é possível? Que raio de investigação jornalística era feita? Terá sido somente ignorância pura? É que Mário Silva é, para a generalidade da população portuguesa, incluindo a intelectual, como iremos ver, um eterno desconhecido. No entanto, além de figura maior da Ciência Portuguesa, foi um dos mais acérrimos opositores ao regime salazarista. É por este motivo que ele encabeça a célebre lista dos docentes expulsos das Universidades portuguesas no ano de 1947, publicada em forma de Decreto-Lei! O que acabo de expor pode, muito facilmente, ser confirmado. Façam o vosso trabalho! Indignei-me. E escrevi. Nada. Nem resposta obtive aos textos que lhes enviei. Estes textos incluíam uma pequena biografia do Professor Mário Silva. Aqui vão os factos censurados, as ideias e os pensamentos que me assaltaram após Agosto de 1995.
 
Mário Silva entrevistado por Fialho Gouveia no antigo programa TV7 da RTP


A Razão de Ser deste Trabalho (da biografia enviada aos "media" nacionais referidos)
 

Constitui um grave erro tentar, de alguma forma, mascarar a responsabilidade do regime de Salazar-Cerejeira nos entraves que colocaram ao desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia em Portugal.
(São os principais responsáveis, portanto, pelo atraso português de décadas nesta área e, consequentemente, da nossa sociedade. É uma tese que defenderei perante seja quem for! Ironicamente, acabámos, há bem pouco tempo, de ver nomeado Oliveira Salazar como o Maior Português de Todos os Tempos!


Estes homens, infelizmente, consideravam que a ignorância generalizada da população portuguesa constituía o principal meio para imporem as suas ideologias. São de Oliveira Salazar as seguintes citações: "um povo instruído é um povo infeliz..." e "o povo português não é um povo muito inteligente...". Ao abrigo dos seus ideais foi sacrificado o progresso do país e, dessa forma, o bem estar dos portugueses.


O Estado Novo não perseguiu alguns intelectuais e cientistas portugueses, perseguiu, isso sim, os melhores. Basta recordar nomes como A. Quintanilha, Mário Silva, Manuel Valadares, Ruy Luís Gomes, Abel Salazar, Pulido Valente, Azevedo Gomes, Bento Caraça, Egas Moniz (Nobel de Medicina) e tantos outros. Curioso é o facto de ter sido, ironicamente, o afastamento de Egas Moniz da vida política activa, em 1926, que o levou à investigação científica e posteriormente ao Prémio Nobel. Na Era da Informação, como justificais que nos principais orgãos da comunicação social portugueses se omitam estes nomes, nomeadamente nas obras a que estiveram ligados? As suas biografias não deveriam ser amplamente divulgadas? Porque é que nunca se reabilitaram, convenientemente, as grandes referências da Ciência e da Cultura portuguesas deste século (passado)? Mais, porque é que vós, homens de boa-vontade, assistis, sem pestanejar, à reabilitação dos seus carrascos? (havia muitas razões para o dizer na altura).

Os arsenais nucleares acumulados pelas grandes potências durante a guerra fria e as iniciativas de alguns países na obtenção de tecnologia nuclear, constituem uma séria ameaça à sobrevivência da Humanidade. Fazer lembrar o terror das explosões nucleares, tal como aconteceu em Hiroxima há 50 anos, é tarefa que compete a cada um de nós. Assim, é de louvar o trabalho do jornal «Público», na sua edição do dia 6 de Agosto de 1995, data que marca o início da era atómica e, infelizmente para a Humanidade, da utilização da energia que faz brilhar as estrelas para fins militares. A data foi lembrada de forma exemplar. Lamentável é que, no plano interno, a História tenha sido deturpada.


O artigo publicado nessa edição do «Público», na secção sobre Política, «Curiosidade e Alívio em Portugal», era no mínimo faccioso e o seu autor demonstrava um total desconhecimento da História da Ciência Portuguesa deste século. A afirmação "...Na oposição, apenas Ruy Luís Gomes sabia, pelas suas ligações à Sorbonne e ao Instituto do Rádio o que estava em causa..." é falsa. Não por Ruy Luís Gomes, indiscutivelmente, mas porque naquele tempo existiam vários físicos portugueses que sabiam muito bem o que se passava. O problema foi que Salazar os impediu de trabalharem em Portugal, facto que o referido artigo esconde. Aliás, basta ler o artigo da secção sobre Ciência «A fissão nuclear vista de cá», publicado nessa edição do «Público», para se constatar a falsidade da afirmação. Porém, o Professor Mário Silva, numa área em que era especialista, e que tanto contribuiu para a História da Ciência, foi completamente esquecido. Ignorado? Para avivar a memória recordo a entrevista concedida pelo Professor Mário Silva e publicada na edição do jornal «Primeiro de Janeiro» no dia 9 de Agosto de 1945, três dias após o lançamento da bomba sobre Hiroxima, quando eram ainda desconhecidos os relatórios oficiais e onde o Professor, no final da entrevista, profetizou: "... Devo referir-me também às experiências efectuadas pelo físico francês Frédéric Joliot-Curie (Nobel de Química em 1935) e que durante a guerra se notabilizou como chefe do Movimento de Resistência Francês. Joliot e os seus colaboradores descobriram que a ruptura explosiva do Urânio é acompanhada por uma emissão de neutrões - o que permite provocar as chamadas reacções nucleares em cadeia. Suponho que foram reacções deste tipo as utilizadas agora pelos investigadores que construíram a bomba atómica...". E foram mesmo!

Há tempos, em Paris; perguntei a alguns estudantes portugueses, que lá se encontravam a fazer as suas teses de doutoramento, se conheciam o Professor Mário Silva, antigo colaborador de Madame Curie... Todos desconheciam tal pessoa... o mesmo acontecendo com antigos alunos do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, onde o Professor foi Mestre... Conhecendo a vida e a obra do Professor Mário Augusto da Silva, fiquei revoltado. Não compreendo que um homem que tanto dignificou a Ciência Portuguesa, que tanto fez em prol da liberdade e democracia, que tantas obras fez e tentou fazer, sabe Deus com que dificuldades, seja praticamente desconhecido dos portugueses. Por tudo, senti a responsabilidade de escrever alguma coisa, algo que denunciasse toda esta situação, não fosse cometer o mesmo erro de outras pessoas, quiçá com maiores responsabilidades do que eu, com mais valor até, de nada ter feito.


Enviei o artigo biográfico, que senti o dever de escrever, para o jornal «Público». Não obtive resposta. Cerca de um ano depois, aproveitando as comemorações de mais um aniversário do 25 de Abril, resolvi enviar a biografia que tinha feito à revista «Visão». Nada! E, no entanto, um alto magistrado da nação a quem o enviara e que me respondeu prontamente, afirmou: «... merece destacada publicação!». Mas curioso foi quando, primeiro no «Público» (revista) e depois na «Visão», saíram dois artigos intitulados «Os Museus Secretos de Coimbra» e «Os Mecanismos do Génio», respectivamente. Versavam sobre um património valioso, ao qual o nome do Professor Mário Silva está profundamente ligado e diga-se, não fosse a sua perseverança, e este património ter-se-ia perdido irremediavelmente. Estas obras eram evidentemente bem retratadas nos textos que tempos antes tinha enviado àqueles órgãos de comunicação social e, dos quais, não obtive qualquer resposta. Para que todos julguem, como bem entenderem, estas coincidências, transcrevo o último parágrafo do artigo que tinha enviado a estes dois órgãos da comunicação social:


"... Coimbra tem condições para criar um espaço museológico único no mundo, apesar de todos os revezes que o seu património tem sofrido. Este espaço engrandeceria o país e traria, particularmente para Coimbra, vantagens sem paralelo. É preciso que as autoridades acordem antes que seja tarde. Será que o artigo sobre Ciência, publicado naquela edição do «Público», não criou sentimentos de ira em mais ninguém da Universidade de Coimbra, visto que, em lado algum, ela é citada? O seu prestígio não foi posto em causa? E pergunto: porque é que o Cardeal Cerejeira foi, depois do 25 de Abril, por ela homenageado e Mário Silva que tanto fez por ela esquecido? Das palavras aos actos vai uma grande diferença... Contudo, a melhor homenagem que lhe poderia ser prestada seria a continuação da sua obra e, nunca, a sua destruição."
Contudo, no artigo «Os Mecanismos do Génio» (Visão nº165/96) roubavam-lhe a memória. A jornalista Teresa Campos omitiu o nome do autor da obra sobre a qual o seu artigo versava (!?). Não tendo sido por ignorância, acho estranho, muito estranho! O Professor Armando Policarpo[1], Presidente do Conselho do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, cumprindo o seu dever e as obrigações que o seu alto cargo exige, tornou pública a posição do seu Departamento face à indignação que o referido artigo provocou na família do Professor. Naquela qualidade testemunhou, na carta que mandou publicar no jornal «Diário de Coimbra» do dia 29 de Maio de 1996, que na entrevista que concedeu à autora do artigo lhe foi referida a importância do trabalho do Professor Mário Silva, e, mais grave ainda, que inclusivamente lhe foram dados, sobre o assunto que inesperadamente a trouxe a Coimbra, trabalhos da autoria do próprio Professor Mário Silva. Portanto, não foi por ignorância que a autora do artigo em questão adulterou a verdade histórica. Porque terá sido?

Mas grave, muito grave, é a forma como surgiam, no referido artigo, as palavras da então responsável pelos Museus Nacionais (IPM). Ou terá Teresa Campos deturpado as suas palavras, tal como fez com as do Professor Policarpo e seus colaboradores? Se assim foi, porque não reagiu ao artigo da «Visão»? É que Simoneta Luz Afonso não só foi co-responsável pelo actual estado caótico do Museu Nacional da Ciência e da Técnica (última obra do Professor, oficializado como Museu Nacional através do Decreto-Lei nº347/76), como surgia no artigo a vangloriar-se de ter "descoberto" o espólio pombalino, quando o Museu Pombalino de Física da Universidade de Coimbra existe, pelo menos, imagine-se, desde 1938; mostrando desconhecer um assunto sobre o qual tinha responsabilidades acrescidas devido ao lugar político que ocupava. Recordo que a notoriedade conseguida por Simoneta Luz Afonso ficou a dever-se, em parte, ao êxito da exposição «mecanismos do génio» que, louve-se, foi por sua responsabilidade apresentada em Bruxelas na Europália 91. Bom... sem Mário Silva não haveria mecanismos do génio e sem mecanismos do génio não haveria exposição... Saberia que o referido Museu Pombalino foi, também, obra do Professor Mário Silva? ... Saberia, porventura, os sacrifícios que fez e os obstáculos que teve que vencer para erguer o nosso, digo nosso, Museu Nacional da Ciência e da Técnica, em 1971? Porque razão permitiu a ocupação selvagem das suas preciosas instalações? Até quando permitirá a Universidade de Coimbra que grande parte do valioso espólio deste Museu Nacional, deslocado das suas antigas instalações não se sabe muito bem porquê, ocupe anarquicamente o antigo Colégio das Artes? Trata-se de um Museu Nacional ou será o Museu da Vergonha Nacional?

Como justificará o Dr. António Reis, responsável pela extensa obra «Portugal Contemporâneo», publicada recentemente, que o nome do Professor Mário Augusto da Silva seja confundido, imperdoavelmente, com o do brigadeiro salazarista Mário Silva? É que o Professor Mário Augusto da Silva foi nosso contemporâneo e é, infelizmente para os portugueses, apenas um caso. E os outros? Quantas vezes se repetiram ao longo da nossa História? Que mal terá feito o Professor Mário Silva
[2] para ser constantemente omitido, humilhado e roubado? Haverá alguma ligação com as seguintes palavras que, a dado passo, se podem ler no Decreto-Lei que oficializou o Museu Nacional da Ciência e da Técnica: "... Discípulo de Madame Curie, e ele próprio um ilustre professor e cientista, viu-se arredado da profissão docente por um acto de prepotência do anterior regime, que o fez cumprir a pena de quase três décadas de ostracismo por ter cometido o "crime" de ser antifascista...". Não estará o novo regime, dito democrático, a condená-lo a pena perpétua? E por que "crime"? Existirá uma espécie de mafia que, dominando os principais orgãos da comunicação social portuguesa, nos tenta impor a sua "cultura"? Deturpa-se e branqueia-se a nossa História recente e ninguém se indigna? Que referências culturais quereis deixar como herança aos nossos filhos? Que futuro terá um povo que renega a sua História? Assim, Portugal nunca mais se fará! Hipocrisia, muita hipocrisia!...

Faço, pois, um apelo a todos para que, de uma vez por todas, se faça justiça a um homem que tanto fez pelo ensino científico e pela defesa da liberdade. Nada de cerimónias, mas, tão-somente, que não deixem morrer a sua última obra que, pela sua importância, devia ser acarinhada em vez de estar a ser, lentamente, destruída. Porquê? Porque é que depois de cerca de meio século de fascismo, contra o qual orgulhosamente lutou; assistindo, impotente, ao sacrifício e delapidação do nosso património cultural, depois de ter gritado, sem ser ouvido, pela sua preservação; continuaram a persegui-lo, nem que fosse à custa de uma obra tão importante para o ensino da Ciência em Portugal? Pelo facto do Museu Nacional da Ciência e da Técnica ter sido criado por ele em Coimbra ou por ter sido, pura e simplesmente, uma obra sua? Estranho que a primeira instituição pública do género em Portugal e, ainda por cima, com carácter nacional, não se equipare, não diria às suas congéneres europeias (seria pedir muito?...), mas somente a outras que por cá, entretanto, surgiram... Apetece repetir as palavras do Engenheiro Eduardo Caetano acerca da triste história do Instituto do Rádio da Universidade de Coimbra: "porque é que Lisboa pode ter um e Coimbra, que começou muito antes, não? Não há dúvida nenhuma de que o Professor Mário Silva foi maldosamente hostilizado em escalão muito elevado....

(E Coimbra também! Depois de muita luta para reabilitar o nome do Professor Mário Silva que inicialmente, pasme-se, nem sequer era mencionado no site oficial do Museu Pombalino de Física, as coisas mudaram um pouco. Mas só consegui fazer ouvir um pouco a minha voz a nível regional, através do jornal Diário de Coimbra e pelos emails que enviei aos autores do site. Relativamente aos media nacionais, uma palavra: SILÊNCIO. Como se nem sequer existisse. Ainda tentei fazer alguma coisa para que no célebre programa O Século XX Português, programa produzido pela SIC, Mário Silva não fosse esquecido. Em resposta à biografia que lhes enviei, no dia 16 de Abril de 1998, obtive, mais uma vez, silêncio. Evidentemente que Mário Silva não poderia ter entrado naquele programa...).

Felizmente nem todos o esqueceram. Coimbra não o esqueceu. A Universidade de Coimbra parece finalmente reconhecer o Professor Mário Silva como um dos seus mais ilustres filhos. Esta vontade ficou expressa na reabertura do Museu de Física da Universidade de Coimbra. Para isso muito tem contribuído o Professor Providência e Costa, que tem feito um trabalho notável desde que assumiu a direcção do Museu de Física. Outras pessoas da Universidade de Coimbra estão cientes da importância da reabilitação do nome do Professor Mário Silva, desde os funcionários que nunca o esqueceram, passando por muitos e ilustres antigos alunos do professor, pelo actual Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Professor Sá Furtado, grande amigo do Professor, até ao actual Reitor da Universidade de Coimbra, Professor Rui de Alarcão. A História isso nos exige.

Depois da reabertura do Museu Pombalino de Física, em 1997, a Universidade de Coimbra prestou homenagem pública ao Professor Mário Silva. As coisas mudaram um pouco, tendo o seu nome sido sugerido, inclusivamente, para nome de Prémio Nacional de trabalhos de Física para alunos do secundário, promovido pela Sociedade Portuguesa de Física, Gradiva e jornal Público. Para esta iniciativa muito contribuiu o empenho do Professor Carlos Fiolhais. Assim, parece que o que escrevi não foi, de todo, em vão (Diário de Coimbra).
Professor Veiga Simão (antigo aluno do Professor Mário Silva) e Professor Mariano Gago, na cerimónia pública de homenagem prestada pelo Departamento de Física da Universidade de Coimbra ao Professor Mário Augusto da Silva. À direita vêem-se ainda o Reitor da UC, na altura, Professor Fernando Rebelo e o Professor Dias Urbano.
 
Continuaremos a lutar pelo reconhecimento público espontâneo, genuíno e, acima de tudo, o reconhecimento e a não destruição da obra do Professor Mário Augusto da Silva (vd post anterior). Por isso continuaremos a divulgar a vida e obra deste ilustre português. É um exemplo ímpar que a Cultura Portuguesa não se pode dar ao luxo de omitir. Em próximos "posts" deixarei aqui a sua biografia.
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[1]O Professor Policarpo foi, inclusivamente, responsável por uma excelente história sobre a radioactividade em Portugal e onde o trabalho científico do Professor Mário Silva é largamente reconhecido: A.P.L. Policarpo, E.P. Lima e M.A.F. Alves, Detectores de Radiação em Portugal no Século XX, in História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal no Século XX, Pub. II Cent. da Academia das Ciências de Lisboa, 1992.


[2]A biografia do Professor Mário Silva pode ser encontrada nalgumas obras da especialidade publicadas no estrangeiro: vd ex a americana World Biography. As principais enciclopédias de língua portuguesa omitem o seu nome (vd ex: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura).

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