Carl Sagan foi um Astrónomo, Astrofísico, Cosmólogo e Exobiólogo
americano, Professor das Universidades de Cornell e Harvard, infelizmente já
falecido (1934-1996). Foi um divulgador e um comunicador da Ciência nato. Não
só pela escrita, através de livros como Os dragões do Éden, com o qual ganhou
um Pulitzer, Cosmos, Contacto, Biliões de Biliões, Um Ponto Azul Claro, etc. A
série televisiva Cosmos foi uma série excepcional sobre o Universo, provavelmente
a melhor de sempre, realizada e produzida por Carl Sagan e por sua mulher Ann
Druyan, em associação com a BBC. O seu livro, best-seller, Contacto foi
adaptado ao cinema, tendo tido como principal protagonista Judie Foster. Carl
Sagan foi sempre um cientista inconformado, cujo fascínio pelo Universo sempre
transpareceu nas suas obras, conseguindo transmitir todo o seu entusiasmo aos
seus leitores. A ele se devem também grandes iniciativas para a pesquisa de
vida extraterrestre, inteligente ou não, no Universo. Mas uma pesquisa séria e
honesta, tendo sempre o crivo da Ciência como batuta. A ele se deveram alguns
financiamentos do governo americano a este tipo de pesquisa, nomeadamente a
criação de projetos pioneiros relacionados com a pesquisa de vida inteligente
extraterrestre conhecido como SETI, tendo estado na origem da instalação do
radiotelescópio instalado pela Universidade de Cornell em Arecibo, Porto Rico. Em
anos de investigação, somente meia dúzia de sinais suspeitos conseguiram passar
o crivo de autenticidade para serem considerados alienígenas. No entanto, da
lista de critérios que teriam que cumprir, houve um em que todos falharam. O da
repetibilidade. Cientificamente falando, apesar de poderem ter sido sinais de
vida inteligente, não foram considerados por nunca mais terem sido encontrados.
Em Ciência a comprovação inequívoca é essencial. Mas Sagan sempre teve a
convicção de que não estamos sós no Universo. As enormes distâncias, as descomunais
distâncias que são necessárias vencer, podem perfeitamente explicar a razão
pela qual ainda não tenhamos sido contactados. As emissões de rádio terrestres
são também demasiado recentes para que pudessem ter sido captadas algures na
vastidão do espaço. E é preciso que apontem as antenas na nossa direção. Ele
acreditava, verdadeiramente, neste cenário. Três anos após a sua morte, em 1999,
foi implementada uma rede de computação partilhada, o projeto Seti@home, para o
tratamento dos sinais de rádio recebidos pelo radiotelescópio de Arecibo, onde
qualquer pessoa pode participar. Os pormenores podem ser vistos no site http://setiathome.berkeley.edu/, que recomendo. Basta descarregar uma
mini aplicação da plataforma BOINC da Universidade de Berkeley e participar. De
referir que Carl Sagan participou ativamente no programa espacial americano,
tendo coordenado ou estado envolvido nos programas referentes a diversas sondas
espaciais, nomeadamente, Pioneer, Mariner e Voyager. Foi um dos fundadores da The Planetary Society.
Para mais informações sobre a vida e a obra de Carl Sagan aconselho o seu portal, The Carl Sagan Portal, mantido pela sua mulher Ann Druyan.
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