Esta prende-se com a descoberta da matéria negra e da sua possível qualificação e quantificação. Isto é muito importante a vários níveis. Como realça José Matias 4/5 do Universo é para nós invisível. "Vemos" somente uma pequena parte da matéria que existe no Universo. Para mim, este é um assunto que me fascina. E vou explicar porquê. Tem a ver com a Teoria do Big Bang. O Big Bang pode resumir-se como o momento em que tudo começou. Uma brutal explosão que deu origem ao Universo que conhecemos a partir de uma singularidade pontual do Espaço-Tempo. O que para nós pode ter muito interesse, é se após esta "explosão das explosões", que ocorreu há cerca de 18 mil milhões de anos, a força da gravidade não será vencida. Isto é, se o "ímpeto" inicial foi suficientemente forte para que o Universo se dilua no espaço-tempo, ou se, pelo contrário, ele não foi suficiente e, dessa forma, o universo regredirá sob a acção da força da gravidade até ao ponto inicial. A terceira hipótese é que ambas se equilibrem exactamente de forma a que a expansão do Universo seja parada para todo o sempre. Estas três hipóteses possíveis dependerão da densidade total de matéria no universo. Ou seja, através da Teoria Geral da Relatividade podemos calcular um valor crítico para a densidade de matéria no Universo que a ser igualada pela densidade realmente existente no Universo, este interromperá a sua expansão para sempre. Se a densidade real for inferior à crítica então o Universo diluir-se-à para todo sempre. A hipótese mais fascinante é a segunda, ou seja se a densidade realmente existente, que dependerá do valor exacto de matéria negra que desconhecemos, for superior à densidade crítica. Neste caso, estamos na presença de um Universo que os Cosmologistas chamam de Universo Pulsante. Não houve um Big Bang. Há Big Bangs e há Big Crashes. Numa sucessão infinita. Isto pode ser fisicamente possível. A sê-lo, significa que o Big Bang que nos deu origem, poderá repetir-se uma e outra vez. São tantas a vezes que o infinito permite que não fica excluída a existência, não de uma, mas de várias combinações que nos darão vida. A isto chama-se reencarnação. Mas esta real, não dogmática. Fascinante, pois isto é Ciência.
Uma Curiosidade Adicional:
Einstein, que propôs a Teoria Geral da Relatividade em 1915, era um homem profundamente religioso. Na verdadeira acepção da palavra. Acreditava piamente que o Universo era infinito e imutável. Acreditava num Deus determinista e mecanicista. Por isso questionou sempre a Mecânica Quântica. Ficou célebre a sua frase: "Deus não joga aos dados". Ao estudar a Teoria da Relatividade apercebeu-se que as suas equações conduziriam à existência de um Universo em expansão. Atormentado com este facto, decidiu introduzir uma constante nas suas equações a que chamou de Constante Cosmológica. Também ela relacionada com a matéria negra. Dessa forma forçou artificialmente a sua teoria a predizer que o Universo era infinito e imutável. Este erro, reconhecido por Einstein muitos anos depois, poderia ter levado à previsão da descoberta da expansão do Universo, verificada muitos anos depois por Hubble, em 1929. Já agora aproveito para recomendar uma visita ao site do telescópio espacial Hubble.
Uma Curiosidade Adicional:
Einstein, que propôs a Teoria Geral da Relatividade em 1915, era um homem profundamente religioso. Na verdadeira acepção da palavra. Acreditava piamente que o Universo era infinito e imutável. Acreditava num Deus determinista e mecanicista. Por isso questionou sempre a Mecânica Quântica. Ficou célebre a sua frase: "Deus não joga aos dados". Ao estudar a Teoria da Relatividade apercebeu-se que as suas equações conduziriam à existência de um Universo em expansão. Atormentado com este facto, decidiu introduzir uma constante nas suas equações a que chamou de Constante Cosmológica. Também ela relacionada com a matéria negra. Dessa forma forçou artificialmente a sua teoria a predizer que o Universo era infinito e imutável. Este erro, reconhecido por Einstein muitos anos depois, poderia ter levado à previsão da descoberta da expansão do Universo, verificada muitos anos depois por Hubble, em 1929. Já agora aproveito para recomendar uma visita ao site do telescópio espacial Hubble.
Sem comentários:
Enviar um comentário