Analisando a última semana do nosso descontentamento, apercebemo-nos de uma série de coisas bizarras. Os PECs da desgraça, emanados por um governo autista que passa a vida a tirar água de cima do capote, com a maior das latas, caem em cima dos mesmos de sempre. Mais uma vez os funcionários públicos, pensionistas e reformados que paguem a crise. Andam a pagá-la desde os tempos da tanga. Já lá vão uns bons anos. Realmente, não há mais pachorra para aturar mais tempo tanta incompetência.
O curioso é que por detrás de todo este plano ignóbil, há uma máquina montada nos órgãos de comunicação social para meter na nossa cabeça que não há alternativa às medidas, injustas e imorais, que o governo quer impor para o próximo orçamento do estado. Dizem eles que se não forem acatadas, seremos severamente castigados pelos sacro-santos "mercados", que nos obrigarão a pagar juros incomportáveis da dívida pública. Que merda é esta? Em primeiro lugar. Afinal qual é o papel do Banco Central Europeu no meio desta macacada? A sua taxa directora actual de 1% serve exactamente para quê? Se não serve para nada e existem uns especuladores, que se apresentam com o título pomposo de empresas de rating, impondo-nos as taxas que entenderem com base em boatos e especulações, então porque não se fecham as portas do BCE? Isto é tudo uma patranha muito mal contada. Porque não fazem eles o mesmo com a dívida da América? E se fossem brincar para a casa deles...
Após as anunciadas medidas da nossa desgraça, pois a economia com elas irá pelo cano, festejou-se pelo meio o primeiro centenário da República Portuguesa. No meio de umas frasesitas de circunstância sobre a comemoração em si, os governantes, principalmente o primeiro-ministro, limitaram-se a mandar recados à oposição e aos sindicatos e o principal líder da oposição, Pedro Passo Coelho, nem sequer lá pôs os pés. Neste último caso, podemos sempre perguntar qual a relação entre este acto e o facto de a proposta de Revisão Constitucional do PSD ter sido elaborada pelo monárquico Teixeira Pinto? Será que o Sr. não pôs lá os pés porque é monárquico e, por isso, anti-republicano? Isto tem que ser esclarecido. Estas atitudes reprováveis por parte de todos há-de a República um dia vingar. A República merecia bem mais.
Mas voltando à vaca fria, ou quente, consoante o ponto de vista. Estas medidas são tão más que, FMI a mais ou FMI a menos, perdidos por cem, perdidos por mil, porque não fazer figas para que o orçamento não passe na Assembleia da República e para que estes incompetentes sejam postos a andar? Para eles irem apertar o cinto dos funcionários da PT, da Galp, ou outra qualquer... Se nos damos ao luxo de não tocar nos interesses instalados no meio de uma crise tão grande, é porque as coisas não estão assim tão más, não é? Além disso, teríamos milhares de milhões disponíveis a taxas bem melhores dos que os 6 e tal por cento, impostos por esses tais dos "ratings". Não pouparíamos umas massitas? E como a coisa está negra para os mesmos de sempre, mais escuro do que negro não existe. Entretanto, se a coisa ficasse "memo" má, o que eu duvido, pois o que ouvimos é que Portugal vai crescer 1,4% este ano e que as exportações vão de vento em popa, então, nesse caso, teriam finalmente que mexer nos interesses e nos gatunos pançudos que nos têm andado a roubar. Certo? Alimentaríamos a esperança de uma revolução que mudasse mentalidades e humanizasse esta sociedade de materialismo pornográfico.
Ai, eu até vou dizer um segredo. Como sempre defendi a social-democracia até era capaz de engolir um sapo gigante e ir votar PSD nas próximas eleições se o Dr. Coelho mandasse o ("que vai ser") orçamento do PS às malvas. Entenderam? É que PSD não é PSD. PSD é PPD. Certo? Afinal, com tanta proposta que eles têm recebido para cortar na despesa do estado, a esta hora já devem ter um orçamento de fazer inveja a qualquer um. Veja-se o magnífico estudo de Marques Mendes em relação aos institutos públicos a abolir no imediato... que maravilha! Mas temo que este tabu do orçamento, com o Dr. Coelho a teimar, não te quero, não te quero, seja tão só para ter os holofotes em cima e capitalizar os votos dos descontentes, pois, bem sabemos, que este orçamento enche as medidas de qualquer "social-democrata", que se preze, da nossa praça. Ou o homem é mesmo corajoso e quer zelar pelos interesses do povo? Eis que está a nascer um novo salvador da pátria! Monárquico, ainda por cima! Nossa Senhora!...
O curioso é que por detrás de todo este plano ignóbil, há uma máquina montada nos órgãos de comunicação social para meter na nossa cabeça que não há alternativa às medidas, injustas e imorais, que o governo quer impor para o próximo orçamento do estado. Dizem eles que se não forem acatadas, seremos severamente castigados pelos sacro-santos "mercados", que nos obrigarão a pagar juros incomportáveis da dívida pública. Que merda é esta? Em primeiro lugar. Afinal qual é o papel do Banco Central Europeu no meio desta macacada? A sua taxa directora actual de 1% serve exactamente para quê? Se não serve para nada e existem uns especuladores, que se apresentam com o título pomposo de empresas de rating, impondo-nos as taxas que entenderem com base em boatos e especulações, então porque não se fecham as portas do BCE? Isto é tudo uma patranha muito mal contada. Porque não fazem eles o mesmo com a dívida da América? E se fossem brincar para a casa deles...
Após as anunciadas medidas da nossa desgraça, pois a economia com elas irá pelo cano, festejou-se pelo meio o primeiro centenário da República Portuguesa. No meio de umas frasesitas de circunstância sobre a comemoração em si, os governantes, principalmente o primeiro-ministro, limitaram-se a mandar recados à oposição e aos sindicatos e o principal líder da oposição, Pedro Passo Coelho, nem sequer lá pôs os pés. Neste último caso, podemos sempre perguntar qual a relação entre este acto e o facto de a proposta de Revisão Constitucional do PSD ter sido elaborada pelo monárquico Teixeira Pinto? Será que o Sr. não pôs lá os pés porque é monárquico e, por isso, anti-republicano? Isto tem que ser esclarecido. Estas atitudes reprováveis por parte de todos há-de a República um dia vingar. A República merecia bem mais.
Mas voltando à vaca fria, ou quente, consoante o ponto de vista. Estas medidas são tão más que, FMI a mais ou FMI a menos, perdidos por cem, perdidos por mil, porque não fazer figas para que o orçamento não passe na Assembleia da República e para que estes incompetentes sejam postos a andar? Para eles irem apertar o cinto dos funcionários da PT, da Galp, ou outra qualquer... Se nos damos ao luxo de não tocar nos interesses instalados no meio de uma crise tão grande, é porque as coisas não estão assim tão más, não é? Além disso, teríamos milhares de milhões disponíveis a taxas bem melhores dos que os 6 e tal por cento, impostos por esses tais dos "ratings". Não pouparíamos umas massitas? E como a coisa está negra para os mesmos de sempre, mais escuro do que negro não existe. Entretanto, se a coisa ficasse "memo" má, o que eu duvido, pois o que ouvimos é que Portugal vai crescer 1,4% este ano e que as exportações vão de vento em popa, então, nesse caso, teriam finalmente que mexer nos interesses e nos gatunos pançudos que nos têm andado a roubar. Certo? Alimentaríamos a esperança de uma revolução que mudasse mentalidades e humanizasse esta sociedade de materialismo pornográfico.
Ai, eu até vou dizer um segredo. Como sempre defendi a social-democracia até era capaz de engolir um sapo gigante e ir votar PSD nas próximas eleições se o Dr. Coelho mandasse o ("que vai ser") orçamento do PS às malvas. Entenderam? É que PSD não é PSD. PSD é PPD. Certo? Afinal, com tanta proposta que eles têm recebido para cortar na despesa do estado, a esta hora já devem ter um orçamento de fazer inveja a qualquer um. Veja-se o magnífico estudo de Marques Mendes em relação aos institutos públicos a abolir no imediato... que maravilha! Mas temo que este tabu do orçamento, com o Dr. Coelho a teimar, não te quero, não te quero, seja tão só para ter os holofotes em cima e capitalizar os votos dos descontentes, pois, bem sabemos, que este orçamento enche as medidas de qualquer "social-democrata", que se preze, da nossa praça. Ou o homem é mesmo corajoso e quer zelar pelos interesses do povo? Eis que está a nascer um novo salvador da pátria! Monárquico, ainda por cima! Nossa Senhora!...
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