A Fórmula 1 que eu conheci na minha adolescência pouco ou nada tem a ver com a dos nossos dias. Naquele tempo a capacidade dos pilotos sobrepunha-se à das máquinas. As corridas ganhavam-se nas pistas e não nas boxes, como hoje acontece. Ficávamos presos ao pequeno ecrã, atónitos com os despiques intensos e as ultrapassagens impossíveis. Quem não se lembra dos duelos Piquet/Senna, Prost/Senna, Senna/Schumacher, e tantos outros. Hoje as provas da F1 são monótonas, diria mesmo chatas, e só apetece mudar de canal. Mas revivendo esses tempos áureos, lembrando o trágico acidente no autódromo de Zolder, durante o grande prémio Bélgica, ao volante de um Ferrari, há precisamente vinte e seis anos (5 de Maio próximo), o Natureza presta hoje homenagem a um dos pilotos mais espectaculares que a Fórmula 1 conheceu. Referimo-nos a Gilles Villeneuve (Berthierville, 18/01/1950 — Leuven, 8/05/1982), pai do também piloto Jacques Villeneuve. Apesar de ter obtido apenas 6 vitórias em 67 corridas disputadas na sua passagem pela F1, entre 1977 e 1982, é considerado um dos melhores pilotos de toda a história da Fórmula 1. Enzo Ferrari, o patrão da sua equipa, era um dos seus maiores fans. Eis a razão:
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