Razao

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08/03/08

Quando os Sinos Dobram...

Os acontecimentos inenarráveis ocorridos durante o funeral de Abel Salazar...

Um Testemunho Histórico de Alda Luís Gomes,

Quando li a carta abaixo, mal queria acreditar. Aparentemente era uma simples carta trocada entre duas amigas. O nome, à primeira, nada me disse. Ao ler a carta com atenção, percebi que se tratava de uma carta de Alda Luís Gomes para a minha avó Maria. Alda Luís Gomes era irmã do ilustre cientista Ruy Luís Gomes. Mas esta carta é um testemunho único, contado na primeira pessoa, da perseguição baixa e mesquinha que o regime salazarista moveu contra aqueles que lhe podiam fazer frente. Cegamente, os alvos da mesquinhez foram sempre os homens mais inteligentes de Portugal. Aqueles a quem o regime nunca enganaria e, muito menos, compraria. Em suma, a nata da ciência portuguesa. Não é à toa que falamos do "atraso" português. São estes testemunhos que o comprovam. Trata-se, enfim, de uma descrição das peripécias incríveis, inenarráveis até, que ocorreram durante o funeral de um grande, grande português. Falamos de Abel Salazar... Desde terem prendido o cadáver, a sepultarem-no às 10 horas da noite, o esbofetear do director da Faculdade de Medicina do Porto da altura, a prisão de Ruy Luís Gomes, nada pareceu faltar naquele trágico funeral. Nem depois de morto...
A carta, datada do dia 9 de Janeiro de 1946, para que fique na História:
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NOTA BEM: 
Hoje, dia 6/6/2012, muitos meses passados após este "post", tenho que dizer o seguinte. Nesta altura, enviei uma cópia digitalizada ao Professor de História, deputado do BE, Fernando Rosas. Infelizmente não recebi qualquer resposta ou interesse neste assunto, apesar de ter pensado que o Prof. Rosas fosse especialista neste período da História de Portugal. Que fique registado. Aliás, passou-se o mesmo com o Dr. Mário Soares, quando lhe enviei um documento idêntico, para a sua Fundação, mas escrito por ele quando estava no exílio. Nem de um, nem do outro, recebi uma palavra que fosse. Nem um simples obrigado, como se exigiria a qualquer pessoa com um mínimo de educação. Enfim... 

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