Depois do magnífico discurso do Reitor Sampaio da Nóvoa no dia 10 de Junho, eis aqui o excelente discurso do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, na cerimónia de abertura solene das aulas do presente ano lectivo, que se realizou ontem.
É triste, tão triste, que um país com tanto potencial humano, que é, sem dúvida, o seu principal recurso, seja governado por um bando de cachopos, mal preparados e de uma enorme incompetência. É certo que o anterior governo era mau, mas, deixem-me dizer-vos que o actual é bem pior. E eu disse-o claramente aqui e ali. É triste, muito triste, que este povo tão trabalhador e empreendedor esteja a ser esmagado a mando de interesses estrangeiro obscuros. Interesses que se aproveitam da falta de cultura política dos actuais governantes, e do seu fanatismo neo-liberal, para destruir o país. São para nós, por isso, piores do que os talibãs que vemos vociferar nas nossas televisões. Há "cães" que ladram e não mordem e há-os que ladram e nos mordem profundamente. Portugal foi transformado numa espécie de cobaia de medidas económicas estúpidas, ao serviço dos maiores devaneios do neo-liberalismo vigente, sem que possamos fazer nada. Algo está mal, muito mal, em Portugal. Em vez de ouvirem e seguirem as lições destes Homens, Portugal e os portugueses têm vivido a mando de trogloditas sem escrúpulos e sem-vergonha, descarados, por, lamentavelmente, terem tido a infelicidade de terem colocado na Presidência da República Portuguesa alguém que é, literalmente, farinha do mesmo saco. Hipócrita e mentiroso porque, vindo falar de injustiças e atropelos à Constituição, que jurou cumprir e fazer cumprir, promulga de cruz Orçamentos de Estado pejados de INCONSTITUCIONALIDADES, sem se dignar mandar averiguar essas mesmas INCONSTITUCIONALIDADES. Uma vergonha inqualificável é como podemos resumir a actuação dos nossos governantes, que são estúpidos e incompetentes. Não pode haver meias-palavras, nem sequer ter receio de chamar esta gentalha por aquilo que ela é. Ponham os ouvidos na palavra destes homens e façam-nos o favor de se demitirem. Que Deus permita que depois venha quem siga estes conselhos, porque será com certeza alguém de bom-senso e de boa-fé, de que Portugal tanto precisa.
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