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08/11/09

Berlin Wall

Para comemorar a queda do Muro de Berlim, também conhecido como o Muro da Vergonha, erguido para separar e esconder dos alemães orientais (ex-RDA) "os malefícios do capitalismo do Ocidente", mas também, a liberdade, em todas as suas vertentes, especialmente a de expressão e de organização, Bono e os U2 deram um concerto, gratuito, no passado dia 5 junto à porta de Brandenburgo, na capital alemã. Parabéns aos U2 pelo seu tributo, de forma lembrar ao mundo e às novas gerações os 20 anos da queda do Muro de Berlim, repetindo o gesto de há 20 anos atrás. Construído em 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar. Começou a ser derrubado no dia 9 de Novembro de 1989. Desse tempo, na nossa memória, ficaram as imagens das pessoas nas ruas, rejubilando com a liberdade alcançada, e com as imagens da demolição, quase manual, de um muro que enclausurava Berlim Ocidental (RFA), no seio da Alemanha Oriental pro-comunista de Erich Honecker e da sua Stasi, umas das polícias políticas mais brutais que o mundo conheceu. Milhares de famílias alemãs foram desumanamente separadas durante décadas e impedidas de conviverem, até ao ano de 1989, data da queda do Muro.

No entanto, pois temos a obrigação de relembrá-lo, para que a reunificação alemã tivesse ocorrido da forma quase pacífica como ocorreu, quase parecendo ao mundo um verdadeiro milagre de Fátima, muito contribuiu Mikhail Gorbatchev, pai da Perostroilka e da Glasnost, e da sua visita a Berlim dias antes da queda do Muro. A visita levou multidões de alemães de leste às ruas que, gritando "Gobi", "Gobi", "Gobi", lhe pediam ajuda para que a RDA encetasse as reformas que há algum tempo estavam em marcha na URSS, devido à sua Perestroika. A ele se fica a dever uma transição pacífica, de todos os países do leste comunista, para a democracia, e o desmoronamento da antiga URSS, muito embora Gorbatchev tivesse introduzido as reformas de forma a salvar o comunismo que professava. Muito deve a humanidade a este grande homem que, por isso, lhe foi atribuído, muito justamente, o Prémio Nobel da Paz em 1990. Ao contrário de outros que nada fizeram para o merecer. A nossa memória regista também que, em Portugal, alguns políticos, como Aníbal Cavaco e Silva, Primeiro-Ministro à data, rejubilavam nos ecrans da TV, com, segundo eles “O fim do Socialismo”. Embora se considerassem sociais-democratas (?!). Era o tempo de fazerem ecoar na Assembleia da República velhos slogans salazaristas, como o “Deus, Pátria e Família”. Outros, posteriormente, aproveitavam a deixa para ensaboar e tentar branquear o regime salazarista, como foi o caso da SIC e do seu director de programas, o "erudito" Emídio Rangel. Estes são factos que eu e os arquivos das TVs podemos testemunhar.

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