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06/05/12

A Excelência da Universidade Pública Portuguesa e a Abjecta Política Portuguesa

As nossas universidades públicas têm sido um exemplo de sucesso e de excelência. São um caso paradigmático na sociedade portuguesa. Autênticas ilhas no meio da corrupção generalizada e impune a que assistimos. Os governos transformaram-se numa espécie de gestores dos interesses de grupos privados poderosos. O pior é que, contrariamente às universidades que têm níveis de excelência a nível mundial, os governos estão nas mãos de pseudo-gestores incompetentes. Aliás, é sabido que o povo português é um povo trabalhador e sábio. Isso é internacionalmente reconhecido. Por isso, não é de estranhar que a classe dos gestores portugueses, à frente das grandes empresas, na sua maioria por cunha e não por mérito, é considerada a nível mundial como incompetente. Isso também explica a situação a que o país chegou. Muitas das chamadas grandes empresas partiram do assalto ao sector empresarial do Estado. Como são na sua essência monopólios, a qualidade da sua gestão é secundária para o seu sucesso sendo, por isso, coutadas preferenciais para os ex-governantes e os seus amigos. Se não são monopólios, vivem parasitando o Estado. O que é absolutamente condenável e lamentável. Que empresas portuguesas podem assim competir (tirando o caso particular da cortiça), em qualidade e excelência do serviço que prestam às suas comunidades, por exemplo, com uma Universidade de Coimbra? Para mim a melhor Universidade Portuguesa, pois, para além dos aspectos históricos, é das que cientificamente mais produz. E isto apesar de ser das que está mais afastada das decisões das políticas de financiamento científico. A nível mundial todos os rankings internacionais a incluem entre as 400 melhores universidades do mundo, aliás como todas as outras grandes universidades públicas portuguesas. O último relatório QS - world university rankings atribui-lhe as seguintes classificações:


Na área que me diz mais respeito, a das ciências da engenharia, só a Universidade do Porto aparece na 230ª posição, à frente da posição 260ª atribuída à Universidade de Coimbra. O IST aparece na 273ª posição. Ao lado da Universidade de Coimbra nesta área surgem na 259ª posição a Universidade de Linz, na Áustria, e o Instituto de Tecnologia do Illianois, nos Estados Unidos, na 261ª. Isto é magnífico!

As grandes universidades públicas aparecem, por isso, muito bem classificadas e, se calhar, com índices de produtividade bem melhores que outras universidades mundiais, se em comparação considerarmos as condições periféricas e o baixo nível de financiamento a que as portuguesas têm acesso. É caso para dizer que os investigadores portugueses são autênticos heróis. Em que ranking da economia global aparecem as nossas empresas? Quantas estão entre as melhores 400 do mundo?

O pior é que quer professores, quer investigadores, a quem todo o mérito deve ser atribuído por este desempenho, têm sido muito mal tratados pelos governos sucessivos de Portugal. E, neste contexto, o actual governo ultrapassou todas as marcas. As injustiças tornaram-se insuportáveis. Por isso, é mais que provável que os níveis alcançados pelas universidades portuguesas vá decair muito acentuadamente nos próximos anos, por pura bestialidade política. Mas nem sequer é o sacrifício que, com certeza, todos os professores e investigadores estariam dispostos a fazer, se tivessem ouvido uma palavra, se vissem que todos, sem excepção, iriam ter que fazer sacrifícios. Mas não! Os docentes e investigadores portugueses perderam só no último ano, registe-se bem, cerca de 27% do seu salário! São provavelmente os mais sacrificados, tendo em conta o seu desempenho, comprovado pelo que acima dissemos. Pior! Têm as carreiras congeladas, imagine-se, desde o tempo do Durão Barroso!!! Inacreditável e lamentável. É o justo a pagar pelo pecador no seu esplendor! E existem os casais, e as sua famílias, sobre as quais este governo de incompetentes passou, literalmente, por cima. Depois de os roubarem ainda lhes dizem na cara que, agora, vivem acima das suas possibilidades! Malandros, não há outro termo! São roubados, desrespeitados e sacrificados à banca usurária e corrupta que pulula impune pelo país! AONDE ESTÃO OS 30 MILHÕES QUE OS ALEMÃES PROVARAM TEREM VINDO PARA PAGAR LUVAS EM PORTUGAL, NO CASO DOS SUBMARINOS? RESPONDAM! E JÁ! POIS ISTO NÃO PODE FICAR ASSIM! AONDE PÁRA A JUSTIÇA PORTUGUESA NO MEIO DE TODA ESTA BAGUNÇA? E O QUE TEM FEITO O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL SOBRE O DESRESPEITO ESCABROSO A QUE ESTE GOVERNO TEM VOTADO A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA? FOI DECRETADO O ESTADO DE SÍTIO PARA QUE O GOVERNO  NÃO VIOLE A LEI SUCESSIVAMENTE, COMO TEM FEITO? SE NÃO FOI DECRETADO ESTADO DE SÍTIO, PORQUE É QUE ESTE TRIBUNAL NÃO ACTUA? ESTÃO COMPRADOS?

Por todas estas razões, e muitas outras, muitos docentes e investigadores estão a seguir as sugestões SÁBIAS do nosso primeiro-ministro, procurando lá fora a dignidade que ele, e os políticos como ele, lhe têm roubado. E são os melhores de entre eles que se vão embora. Por isso, o retrocesso civilizacional em Portugal será uma realidade. Esperemos que depois, um dia, se faça justiça e que esta gentalha seja severamente castigada por todo o mal que têm feito a Portugal. Esta classe, bem como todos os funcionários públicos portugueses, foram seleccionados para serem os bodes expiatórios da actual situação das finanças públicas, para gáudio da populaça que, por estupidez, não percebe que vai apanhar por tabela. Obviamente que, para além de puro preconceito mesquinho, está por detrás de tudo isto uma motivação política abjecta, bem escondida, diga-se, que esta gentalha que nos (des)governa nem às paredes confessa. O pior é que ninguém se indigna verdadeiramente. Sociais-democratas? ahahahahahah! Anedotas, isso sim!

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