Razao

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06/09/11

CENSURA

No Público on-line fiz um comentário sobre a polémica dos transplantes com o conteúdo do meu post anterior "O Sapateiro". Antes, porém, já tinha verificado que o jornal o tinha omitido da lista dos blogues que ligavam para a dita notícia. Para testar se a "falha" era técnica, resolvi fazer um comentário on-line para a dita notícia, com o título "O Sapateiro e o Rabecão". Depressa percebi que a omissão tinha sido propositada, pois também o comentário foi censurado. Depressa, também, percebi a razão de ser da "MORDAÇA". É que o meu blogue sempre disse, diz e dirá o que tem que ser dito. Tem conteúdo que não abona a favor da classe política que nos tem governado nos últimos anos. Curiosamente, o post anterior intitula-se "Jobs for the Little Oranges". Incómodo, é o mínimo que podemos dizer. Percebe-se pois a razão da censura. Pior. A provável existência de uma lista negra à qual este blogue estará certamente associado.

Assim, resolvi escrever a seguinte carta para o Provedor do Leitor do dito jornal:

Sinceramente, sinto ser perfeitamente irrelevante o envio desta mensagem, pois tenho a certeza absoluta que ela não terá qualquer consequência. Bem sei. Obviamente que o Sr. Provedor daqui deve ser o mesmo que censura os blogues ou os comentários dos leitores. Não me admirava nada que assim fosse. Infelizmente! Afinal estamos em Portugal! E, coincidência ou não, não é a primeira vez que sou censurado pelo vosso jornal. Primeiro censurado e depois roubado nas informações que transmiti (este será o assunto do meu próximo post). Por isso, será necessário passar mais algum tempo para que os resquícios do Estado Novo sejam completamente varridos. Vale esta mensagem pelo desabafo que ela me permite. Pois deixem-me dizer-lhes que a vossa censura, primeiro ao meu blogue, e depois ao meu comentário, é injusta e mesquinha. Limitei-me a fazer uma analogia com um ditado português, dizendo que estas notícias (as referentes ao caso dos transplantes) acontecem quando o sapateiro se põe a tocar rabecão. Limitei-me a usar uma Metáfora e uma Comparação que são figuras de estilo que, com certeza, desconhecem. Eu não disse que o ministro era sapateiro, mas nalguns comentários que publicaram até louco lhe chamaram. Por isso devem entender, pressuponho, que ser louco é digno e ser sapateiro indigno. Não espanta. Seria o mesmo se lhe tivesse chamado cavador. São preconceitos típicos que grassam neste nosso malfadado país. Infelizmente a cor do euro só nos trouxe mordomias vãs e vaidade. Muita vaidade. Mas não trouxe nem cultura nem educação. Se agora até podem argumentar que chamei sapateiro ao ministro (tomara ele saber de sapatos, quanto mais de medicina), para justificarem a vossa censura esfarrapada, pois julgam que estou a menorizá-lo, no passado a vossa atitude foi igual à atitude deste ministro. Simplesmente Vergonhosa! Tal como tem sido a atitude dos sucessivos governos para com os agricultores portugueses, especialmente os do Douro, que, se fossem gregos ou espanhóis, já tinham feito sangue há muito tempo. Que sabem vocês das suas razões? NADA! ABSOLUTAMENTE NADA! ZERO!

Reafirmo. Eu limitei-me a fazer uma analogia usando um ditado português que, diga-se, ASSENTA QUE NEM UMA LUVA ÀS DECLARAÇÕES ESCABROSAS QUE O MINISTRO PROFERIU NESTA QUESTÃO TÃO SENSÍVEL PARA A SAÚDE DO POVO PORTUGUÊS. E Deus queira, ou não, para a do ministro. Pois quanto vale para este ministro a vida de um ser humano? Atenção! Ele fez contas! Pois afirmou qualquer coisa como “não há dinheiro para os transplantes que se fazem em Portugal”. O Senhor é Deus! Mas a questão do dinheiro aqui é uma falsa questão. Se não é, comecemos por rever os salários obscenos de tanta gente que pulula à volta do Estado, incluindo o salário do próprio. Agora como no passado.

Em relação ao vosso jornal, tenho a certeza que é manipulado por laranjinhas que não devem ter gostado de ler muitas verdades que vêm no blogue. Por isso a censura prévia. Mas o meu blogue não se calará jamais. Por muito que tentem. Afinal, eu sou neto, sobrinho e filho de gente instruída, muito instruída, que deu muito a Portugal e que teve sempre como retribuição a prisão, a perseguição e a usura. Apesar das condecorações. Antes e depois do 25 de Abril. Estou vacinado. Infelizmente. A incompetência e a estupidez grassam em Portugal há muito tempo, em todas as áreas. Não é por acaso que temos o país no estado em que está. E os senhores, obviamente, como manipuladores da opinião pública, ao longo de todos estes anos, usando muitas vezes a censura escondida como arma e ferramenta, não estão isentos de culpa.

Atenciosamente,
O censurado (EU)

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