Razao

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25/06/11

Mais Austeridade!

Ena!

O povo há muito que diz que "com papas e bolos se enganam os tolos"...

Eis a SIC no seu esplendor, com laivos de chico-espertismo, a deitar-nos areia para os olhos. Ou não fosse a estação de Carnaxide de Pinto Balsemão...

Hoje, com o título terrífico de "Mais Austeridade", brrrrr, como que a preparar o Zé para a inevitabilidade das medidas anunciadas pelo novo governo, melhor, para a antecipação dessas mesmas medidas, a SIC nos seus noticiários da hora de almoço (não encontrei este título na SIC on-line?) anuncia-nos os primeiros pacotes de "Mais Austeridade". E afinal que medidas de austeridade são essas?

Ora bem, surpresa das surpresas, não é mais um aumento de impostos ou um corte nos salários dos funcionários públicos, coitados, porque até agora estes foram os únicos verdadeiramente sacrificados! Não! Trata-se, tão-só, do anúncio de mais uma enxurrada de privatizações. Obviamente que as empresas a privatizar já, não são os cancros como a CP a RTP e outras que tais! Não! Não! Claro que não! Essas exigem muito trabalho e lucros só a longo prazo. Estas ficam para o Zé sustentar, pois claro! São isso sim, aquelas que contribuem com lucros significativos para os cofres do Estado. Pois claro! Aquelas que o Estado deveria usar para distribuir melhor a riqueza produzida no país...

O que a SIC queria realmente dizer era que as empresas públicas lucrativas vão ser saqueadas o mais depressa possível. Os pançudos preparam-se é para se alambazarem com empresas como a EDP, REN, ANA... Empresas monopolistas que só em países onde vigora a lei do capitalismo selvagem, como em Portugal, poderiam passar para as mãos dos privados. Nos EUA isso jamais aconteceria. Aqui, é o que todos sabemos!

Mas, o título da notícia da SIC, no fundo, no fundo, nem é descabido. Afinal, privatizando-se estas empresas, o estado fica mais pobre e, ficando mais pobre, terá que aumentar impostos, cortar salários e por aí fora...

Afinal, até se percebe a razão de ser de tal título.

Depois de em dois "posts" anteriores ter elogiado a escolha de dois ministros para o novo governo do PSD, ficando imensamente esperançado no seu desempenho, eis que começam a fazer-me descer à terra...

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