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30/04/09

Tecnologia de Torre Solar - o caminho para as centrais de energia solar

Enviro Mission - Solar Tower Technology

É de facto urgente substituir a produção de energia eléctrica baseada nos combustíveis fósseis. Não só porque se irão esgotar (o carvão demorará mais tempo que o petróleo e o gás natural), mas porque as tecnologias usadas são altamente poluidoras, contribuindo decisivamente para o efeito de estufa que está a minar o clima do planeta. Hoje, referimo-nos à construção da maior central solar do mundo. Com tecnologia inovadora, será construída na Austrália. Será a mais ambiciosa obra de engenharia para gerar electricidade a partir de uma fonte não poluente. O maior projecto de produção de energia solar do planeta está a ser construído em Mildura, no meio do deserto australiano e deverá ficar concluído durante este ano. Uma torre de 1 km de altura por 130 m de diâmetro, que será a mais alta construção do mundo; será erguida no centro de um imenso painel solar, de 20 km quadrados. Se tudo correr como o previsto, o calor gerado pelo painel formará uma corrente de ar de até 50 km/h na enorme chaminé, o bastante para movimentar 32 turbinas, gerar 200 megawatts de energia e abastecer até 1 milhão de pessoas. O vídeo abaixo ilustra o que acabámos de dizer. O gigantismo do projecto diz bem da atenção que têm merecido da comunidade internacional as fontes de energia renováveis. Apesar de tudo, temos que ir dizendo: Nuclear, Sim, Obrigado!

Embora considere que não haverá alternativa à energia nuclear, é sempre de louvar quando se aproveita uma fonte de energia renovável, como a solar, de uma forma que não nos polui a visão. Não podemos dizer o mesmo da "enxurrada" de torres eólicas que destroem as belas paisagens do interior do nosso país, produzindo uma fracção ínfima da energia eléctrica de que necessitamos. Não há estratégia neste campo, nem uma selecção criteriosa dos parques eólicos. Parece que estas torres surgem em Portugal em qualquer lado, menos nos lugares onde deviam (os mais ventosos). Enfim. Somos peritos em cometer erros estratégicos. A este respeito, o maior de todos, que nos irá custar muito caro, aconteceu na década de 80 quando os nossos governantes, ignorantes nestes assuntos e intoxicados por muita desinformação, decidiram abandonar a possibilidade da construção de uma central nuclear em Portugal. O caricato é que os espanhóis decidiram construí-las e espetá-las junto aos rios que nos atravessam e perto das nossas fronteiras. Evidentemente que, se houver um acidente nestas centrais, será Portugal quem mais sofrerá. Não podemos esquecer que uma ou duas centrais deste tipo em Portugal bastariam para sermos auto-suficientes e exportadores de energia, evitando também a destruição dos nossos rios pelas barragens que teimam em construir. Lembremos que as centrais nucleares só libertam vapor de água para a atmosfera, sendo o seu principal problema o armazenamento dos detritos radioactivos que geram, pois estes devem ser armazenados durante umas dezenas de anos, findo os quais poderão ser lançados no meio-ambiente.

Mas não querem assim! Preferem andar a brincar aos aerogeradores e a dar cabo da paisagem e do meio-ambiente. Como muito bem disse um analista francês, seria necessário espalhar aerogeradores por toda a costa francesa para fornecer a energia equivalente a uma das muitas centrais nucleares francesas. Embora falemos de centrais de fissão, não podemos esquecer as palavras de Carlo Rúbia, Prémio Nobel de Física, acerca das centrais de fusão "as centrais nucleares do futuro serão alimentadas com a água dos oceanos!". Isto, claro está, quando a fusão nuclear, a energia que faz brilhar as estrelas, puder ser dominada pelo Homem. A este assunto voltaremos num "post" posterior.

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