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01/12/08

Educação e a Justa Luta dos Professores Portugueses

Muito há a fazer na educação. Sem dúvida! Mas as reformas que são necessárias não são, de certeza absoluta, aquelas que o actual governo nos quer impingir. A avaliação de desempenho dos professores é somente um mero ponto, num conjunto de medidas injustas, hipócritas e sem nexo que, longe de resolver qualquer problema, teve como fito incendiar a escola pública. Os objectivos são puramente economicistas, tendo este governo posto em causa a dignidade de uma classe que não merecia tal tratamento. Os poucos professores que apoiam a "salgalhada" de medidas estúpidas que lhes impuseram, ministério e este governo "socialista", são os que, olhando somente para o seu umbigo, beneficiaram com a estupidez.

Amanhã, dia 3 de Dezembro de 2008, é dia de greve dos professores. Faço votos para que todos os professores adiram na máxima força. Que não desistam da justa luta pelos direitos e dignidade que lhes roubaram. Pelo que já vimos, o movimento actual dos professores ultrapassa o do actual movimento sindical. Os sindicatos, ao contrário do que tem sido dito, são imprescindíveis na luta pelos direitos de quem trabalha. Há que os defender e dignificar também. Há muita intoxicação e é confrangedora a falta de cultura política e histórica daqueles que enchem a boca contra o movimento sindical e os sindicatos. Não sabem, literalmente, do que falam. É certo que há erros que foram cometidos, que é necessário corrigir. Mas os sindicatos foram muito importantes no passado, porque a eles se deveu, em grande parte, o bem estar social que a humanidade conseguiu alcançar no último século. Agora que os ciclos da história se renovam e o capitalismo começa a ter os contornos hediondos que já teve no passado, a sua intervenção será novamente necessária e imprescindível. No passado, o movimento operário foi o motor da mudança. Hoje são os professores e os intelectuais, de um modo geral, que o assumem.

O vídeo abaixo fala sobre a história da educação pública obrigatória ao longo dos últimos 200 anos. De facto, o modelo público massificado serviu às mil maravilhas os regimes totalitários. É um modo natural e simples de moldar as mentes. Não é esse o modelo de escola pública que deve ser defendido, evidentemente. Quando defendemos a escola pública, defendemos implicitamente o acesso pleno e gratuito à educação, ao conhecimento e à cultura de todos os homens livres. Gratuito da escola primária à escola superior e onde a liberdade seja o valor primeiro a ser ensinado.


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