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30/09/08

DESMITOS: BAILOUT E IDEOLOGIA

Álvaro Santos Pereira, como excelente economista que é, tem-nos dado excelentes opiniões no seu blogue DESMITOS. Apesar de, no seu último post "BailOut e Ideologia" vaticinar que a crise financeira estaria sanada, o que não se verificou, dado que o Congresso Americano afinal acabou por não aprovar o plano de resgate das instituições financeiras americanas, como inicialmente estava previsto, Álvaro Santos Pereira fala da sua preocupação sobre o inivitável futuro proteccionismo dos mercados, dizendo:
Comentava o leitor António:
Na verdade não há qualquer verdade a crise financeira é apenas uma ilusão. O que há é uma terrivel crise económica. Qualquer de nós quando faz um negócio procura fazê-lo maximizando a sua margem e reduzindo o seu risco. Estes são os negócios ideais que todos nõs queremos fazer. E os bancos também.O pior é que quando há poucas oportunidades de fazer bons negócios têm de se fazer negócios menos bons. E quanto menor é a oportunidade de fazer bons negócios maior é o risco para se fazer qualquer negócio.Subprime é isso mesmo. Subprime é uma economia em marasmo e com falsos indicadores de crescimento e em que só se conseguem apresentar resultados quebrando regras básicas.O subprime não é uma causa mas sim o efeito da crise económica existente no ocidente já há muito tempo mas que esteve disfarçada precisamente à custa do subprime. Resolva-me a enormissima crise económica em que estamos metidos e eu garanto-lhe que três dias depois Wall Street está em grande..."
Ao que devo acrescentar agora. O problema e o cerne da crise, em meu entender, é precisamente a falta de protecção dos mercados, por culpa da actual política ocidental, dando-se largas ao capitalismo selvagem e a conceitos como "subprimes" e, pior, possibilitando o livre comércio entre países com realidades completamente distintas. Como pode a Europa ter as fronteiras abertas aos produtos chineses, quando os factores de produção nas duas economias não podem sequer ser comparados? Como podem as pequenas e médias empresas europeias competir neste mercado injusto? E qual a sua razão de ser? A quem interessa? Assim, a crise financeira americana não é mais do que a ponta do iceberg...

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